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domingo, 14 de abril de 2019

Cientistas colocam genes humanos em macacos e os tornam mais inteligentes

Cientistas chineses tentaram reduzir a lacuna evolutiva que existe entre humanos, macacos e outros primatas em um experimento controverso que pode transcender algumas linhas éticas da medicina.
* Conteúdo da matéria com veracidade comprovada, de fontes originais fidedignas. (Em se tratando de tese ou opinião científica, só pode ser garantida a veracidade da declaração da pessoa envolvida, e não o fato por ela declarado.) (Missão do OVNI Hoje)
Cientistas colocam genes humanos em macacos e os tornam mais inteligentes
Pesquisadores criaram vários macacos transgênicos com cópias adicionais de um gene do cérebro humano, a qual pode desempenhar um papel importante no desenvolvimento da inteligência, de acordo com a MIT Technology Review, a revista do Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT). Surpreendentemente, os macacos modificados alcançaram melhores resultados em testes de memória.
Na publicação Bing Su, o geneticista do Instituto de Zoologia de Kunming que liderou o trabalho, informou:
Esta foi a primeira tentativa de entender a evolução da cognição humana usando um modelo de macaco transgênico.
O experimento, originalmente descrito na revista ‘National Science Review‘ da Academia Chinesa de Ciências, consistia em expor embriões de macacos a um vírus que transportava a versão humana da microcefalia, o gene MCPH1, relacionada ao tamanho do cérebro.
A sequência do gene é diferente em humanos e os macacos e bebês que sofrem danos devido a isso nascem com cabeças pequenas. Desta forma, eles geraram onze macacos, cinco dos quais sobreviveram. Cada um deles tem entre duas e nove cópias do gene humano em seus corpos.
A equipe chinesa esperava que seus macacos transgênicos pudessem ter mais inteligência e um cérebro maior. Para verificar isso, eles mediram sua massa branca em exames de tomografia por ressonância magnética e fizeram vários testes de memória.
Aparentemente, os macacos transgênicos não tinham cérebros maiores, mas se saíram melhor em testes de memória com cores e blocos no curto prazo, uma descoberta que a equipe considera notável. Além disso, seus cérebros demoraram mais para se desenvolver, assim como os das crianças humanas.
Vários cientistas ocidentais, inclusive um que colaborou na investigação, consideram que estas experiências são imprudentes e antiéticas. Em sua opinião, o uso de macacos transgênicos para estudar genes humanos relacionados à evolução do cérebro é muito arriscado, pode supor um tratamento inadequado dos animais e levar a modificações mais extremas…
Esse tipo de modificação pode nos fazer pensar em um tipo de ‘Planeta dos Macacos’ levado para a vida real, mas os autores do estudo apontam que macacos e humanos compartilharam um ancestral comum pela última vez há 25 milhões de anos.
Embora seu genoma seja próximo ao nosso, também existem dezenas de milhões de diferenças e alguns genes humanos não os transformarão em nada além do que são, macacos.
No entanto, o próprio Martin Styner, um cientista de computação da Universidade da Carolina do Norte e especialista em ressonância magnética, que está entre os co-autores do relatório chinês, diz que considerou remover seu nome do estudo, que também não conseguiu encontrar um editor no Ocidente.
Ele disse à revista do MIT:
Há muitos aspectos sobre esse estudo que o torna proibido nos Estados Unidos. Agora criamos este animal que é diferente do que deveria ser. Quando fazemos experimentos, temos que entender bem o que tentamos aprender, ajudar a sociedade, e esse não é o caso.
Além disso, com apenas cinco macacos modificados, é difícil chegar a conclusões firmes. Mas os cientistas chineses não querem parar por aqui. Inclusive, eles começaram usando outro gene, o SRGAP2C, que surgiu cerca de dois milhões de anos atrás, bem quando os australopitecos cediam a savana africana aos primeiros seres do gênero Homo.
Esse gene foi apelidado de ‘interruptor da humanidade’ e ‘o elo genético perdido’ por seu possível papel no surgimento da inteligência humana.
Apesar das críticas de grande parte da comunidade científica, na China parece que ‘se pode ser feito, nós o fazemos’, então é provável que logo eles apresentem novos experimentos similares.

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